SAÚDE DO TRABALHADOR: Falta de autonomia leva empregados a desenvolver estresse 20/07/2006
LOC/REPÓRTER: A palavra estresse era um termo empregado na física para traduzir o grau de deformidade de um material quando submetido a um esforço ou tensão. Até que, em meados da década de 30, um endocrinologista canadense transpôs o termo para a medicina. Estresse passou a significar esforço de adaptação do organismo de uma pessoa para enfrentar situações consideradas ameaçadoras ao seu equilíbrio. Geralmente, as relações de trabalho são as maiores responsáveis por provocar o estresse. Cláudio Portella é médico, especialista em estresse no trabalho, e aponta a falta de autonomia como principal causa do problema.
TEC/SONORA: Médico especialista em estresse no trabalho - Cláudio Portella
"Eu diria que hoje, nas pesquisas que nós realizamos, detectamos que a queixa de falta de autonomia, falta de controle sobre o seu próprio trabalho, seria o fator que mais gera estresse no trabalho."
LOC/REPÓRTER: Cláudio Portella ainda destaca que profissionais em contado direto com a população, como médicos e professores, são os mais atingidos pela chamada síndrome de Burnout, que é o esgotamento mental, semelhante a um estágio muito avançado do estresse. O médico também esclarece que o estresse não é uma doença, mas que pode levar o trabalhador a desenvolver a depressão.
TEC/SONORA: Médico especialista em estresse no trabalho - Cláudio Portella
"O estresse, na realidade, não é doença. O estresse é um processo normal do organismo que pode, dependendo da sua intensidade ou da sua duração, se tornar doença. A depressão é outra coisa. Depressão é uma doença diferenciada, diferente do estresse. Mas é lógico que dependendo do nível, da intensidade do estresse e das características do organismo do indivíduo, ele pode vir a desenvolver depressão como conseqüência do estresse."
LOC/REPÓRTER: O Ministério da Saúde possui uma política para cuidar de doenças relacionadas ao trabalho. Atenção especial é voltada aos problemas mentais, como explica o coordenador da área de Saúde do Trabalhador, Marco Peres.
TEC/SONORA: coordenador da Saúde do Trabalhador no Ministério da Saúde, Marco Peres
"Entre as doenças relacionadas ao trabalho, nós priorizamos o sofrimento mental relacionado ao trabalho. Desde 2004, distúrbios mentais relacionados ao trabalho, o sofrimento mental relacionado ao trabalho são de notificação compulsória no Sistema Único de Saúde, em serviços especializados. Então, existe uma rede de serviços hoje no Sistema Único de Saúde que está sendo organizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com os estados e municípios, para diagnosticar, tratar e notificar o sofrimento mental e distúrbios mentais relacionados ao trabalho."
LOC/REPÓRTER: O coordenador informou que Ministério da Saúde elaborou um protocolo para guiar os profissionais do SUS no diagnóstico de doenças mentais relacionadas ao trabalho. A publicação deve ser disponibilizada em outubro.
De Brasília, Leilane Alves
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Pra quem pensa que é coisa de adulto...
O adolescente e o stress
Por: Gisele Cristine Tenório de Machado Levy
Mestre Educação UERJ - Psicologa
www.giseletlevy@hotmail.com
A adolescência é uma etapa do desenvolvimento humano caracterizada por alterações físicas, psíquicas e sociais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o adolescente é aquele indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, estabelece no Art. 2º o seguinte: “... Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade...”. Atualmente o conceito mais aceito é o de que não existe adolescência e sim adolescências em função do panorama político e social do momento. Nesse sentido o tema do stress na adolescência vem chamando a atenção dos especialistas. Devido às mudanças drásticas que estão ocorrendo em diversos setores da sociedade, os casos de stress nesta população são quase comparáveis a média registrada entre os adultos.
A adolescência é um dos períodos mais importantes da vida do indivíduo, é nela que a criança se transforma em adulto, delimitando seu potencial psicológico, físico e social. Na evolução da infância para a fase adulta, o indivíduo atravessa muitos estágios, devido ao crescimento acelerado de seu corpo acompanhado pelo funcionamento vigoroso dos sistemas endócrino e nervoso.
Os aspectos físicos da adolescência, como crescimento e maturação sexual, são componentes da puberdade, vivenciados de forma semelhante por todos os indivíduos. Mas no que tange às dimensões psicológicas e sociais, estas são vivenciadas de maneira diferente em cada sociedade, geração e família. E nesse contexto, onde a subjetividade e os aspectos sócio – culturais assumem um caráter significativo, que pode surgir o stress do adolescente. Nesta fase ocorrem períodos de extrema instabilidade emocional, é o momento em que o novo se faz presente, através do surgimento de um novo corpo, novas idéias, relações e experiências. A busca por uma identidade torna-se questão de honra e para isso é necessário desafiar as autoridades e as regras.
Ciulla (1976) aponta que há 6000 anos atrás um certo sacerdote egípicio já se referia ao comportamento adolescente com um certo pesar, ele escreveu que “...Vivemos numa era de decadência onde os jovens já não respeitam mais os pais. São grosseiros e impacientes...”. Parece que de lá para cá nada mudou, as queixas sobre o comportamento do adolescente são milenares.
Essa fase turbulenta por vezes é caracterizada por crises religiosas, conflitos familiares, principalmente no que se refere às questões relacionadas à imposição de limites, agressividade, introspecção e dificuldades sexuais.
A presença do stress na adolescência é capaz de intensificar este quadro, Arnett (1999) considera que apesar de que nem todo adolescente tem stress, a probabilidade de desenvolvê-lo é maior na adolescência do que em qualquer outra faixa etária, dependendo da cultura e de diferenças individuais existentes (CALAIS ET AL 2003).
Nesse período existe uma predisposição ao desenvolvimento de quadros patológicos e fatores ambientais desfavoráveis podem ser responsáveis por desencadear alguns desses processos, manifestados por estados depressivos, fobias, comportamentos obsessivos – compulsivos, consumo de bebidas alcoólicas e drogas.
O` Gata (2004) afirma que a modernidade trouxe muitos benefícios e avanços para a sociedade, mas junto com eles, vieram uma série de pressões, vida acelerada, tensão constante, desafios, competições e a violência. Não é de hoje que a adolescência é reconhecida por ser caótica, rebelde e inovadora, porém é necessário considerar que ao fazer parte de uma sociedade que esta em constante transformação, todos os seus integrantes, inclusive os adolescentes, sofrem com as conseqüências desse estado.
As mudanças drásticas que vem ocorrendo em diversos setores, valores éticos, econômicos e políticos, e o crescente fenômeno da globalização, que se alastra através do mundo todo, têm um papel determinante na evolução do stress entre todos os indivíduos, inclusive dos adolescentes.
A organização mundial de Saúde alerta que as doenças neuropsiquiátricas atingem uma a cada quatro pessoas em todo o mundo, chegando a 40% se forem incluídos os distúrbios ligados ao stress. Além disso, de cada dez adolescentes, estima-se, três são vítimas do stress. É quase a média registrada entre os adultos – 50%.
Apesar desses dados alarmantes, poucos estudos têm se dedicado à investigação do stress no adolescente. Mulatu (1995) em uma pesquisa com crianças de 6 a 11 anos da Etiópia, pesquisou 317 meninas e 294 meninos, para verificar a prevalência de fatores psicopatológicos nessas crianças, gerada pela situação de carência vivida pelo país. O estudo revelou que, em ambas as amostras, existiam problemas como: agressividade, incomunicabilidade, ansiedade, depressão, hiperatividade, imaturidade e delinqüência. A presença dos sintomas de stress foi verificada em 21,45% dos meninos e 25,17% das meninas.
Dessa forma, considerando-se que a adolescência se constitui em uma população suscetível e influenciável às estimulações externas psicossociais, conhecer como o stress se manifesta neste grupo é de fundamental importância para os próprios adolescentes, pais e professores.
Fatores contribuintes para o stress do adolescente
A palavra stress foi empregada inicialmente pela física, para traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço ou tensão. O médico endocrinologista Hans Selye (1936) transpôs este termo para a medicina e biologia, definindo o stress como síndrome de adaptação.
Segundo a definição de Lipp (2004), o stress é uma reação normal do organismo e indispensável para a sobrevivência, caracterizando-se por ser um processo complexo, com componentes psicobioquímicos e que tem seu mecanismo desencadeado em resposta a uma necessidade significativa de adequação, frente a um estímulo estressor. Em doses moderadas fornece motivação e o aumento da produtividade, mas em doses excessivas resulta em destruição e desequilíbrio orgânico, prejudicando a qualidade de vida, atingindo as áreas social, da saúde e profissional.
De um modo geral, para que ocorra uma situação de stress é necessária à influência não apenas de um único fator, mas de vários fatores. Estes irão se constituir numa fonte de pressão que levará a angústia do indivíduo e do sistema que o cerca (família, grupo de amigos e escola), desencadeando um estado crescente de tensão e desequilíbrio.
As circunstâncias que contribuem para o desenvolvimento do stress nos adolescentes podemos sem classificadas em dois tipos, os fatores externos e internos. Os fatores externos são aqueles relativos ao meio social em que vivo o indivíduo, são eles, exigências familiares, grupos de amigos, excesso de responsabilidades, exames escolares, escolha profissional, violência, padrões rígidos de beleza, entre outros.
Quanto aos fatores internos, são aqueles que se referem às características pessoais de cada um, como a vulnerabilidade biológica e psicológica, representada por certa predisposição a depressão, perfeccionismo e senso de responsabilidade exagerados e baixa auto–estima.
É importante lembrar que relatos de agitação, euforia, insatisfação, queixas constantes, presença do sentimento de falta de compreensão e um desconforto com as mudanças que estão ocorrendo com o próprio corpo, são comuns nesta fase da vida, não representando necessariamente um sintoma patológico. Porém é preciso cautela ao banalizá-los.
Quando o adolescente começa a apresentar determinados comportamentos, que de uma forma ou de outra estão afetando negativamente suas relações cotidianas é preciso averiguar. Se com relação ao grupo de amigos, ele preferir ficar sempre sozinho no computador, ao invés de sair para encontrá-los, na escola, ficando muito isolado, envolvido em confusões e apresentando baixo rendimento escolar, e na família, evitando de toda o contato com os pais, é preciso investigar a possibilidade de ele estar apresentado um quadro de stress.
Sinais do stress no adolescente
Um dos principais sintomas observados nos consultórios dos especialistas é a presença constante do quadro de insônia. Este fenômeno gera inquietação por que nesta fase do desenvolvimento, o funcionamento fisiológico e psicológico de seu corpo é muito intenso, por este motivo, o adolescente apresenta muita necessidade de sono para poder recarregar suas baterias para o dia seguinte. Além da insônia outros sintomas podem ser observados, tais como:
* Desânimo,
* Impaciência,
* Dores de cabeça,
* Falta de concentração,
* Cansaço excessivo ou entusiasmo exagerado e repentino,
* Uso de drogas
* Isolamento social.
Há solução para o stress?
Não existe uma receita infalível, principalmente no que se refere ao adolescente, mas alguns passos podem ser adotados como medidas de preventivas ou de enfrentamento dependendo do caso.
* Alimentação saudável.
* Atividades físicas e em grupo.
* Controlar o uso do computador, estipulando um tempo para seu uso.
* Sempre que possível o adolescente deve estar ao ar livre, em contato com a natureza.
* Ter um espaço junto aos pais, escola ou amigos, onde o adolescente possa se sentir seguro para expor seus medos e angústias.
* Aprender técnicas de relaxamento.
* Evitar o uso de medicamentos, álcool ou outro tipo de drogas, tais recursos podem mascarar o stress, e não irão auxiliar no tratamento do problema. No caso do stress já estar instalada é recomendado procurar um especialista, psicólogo ou psiquiatra, para uma avaliação e se necessário um acompanhamento psicológico.
Considerações finais
A adolescência é uma fase de rara beleza, nela tudo floresce, o corpo, as possibilidades intelectuais, o sexo e a vida nessa etapa é experimentada de forma urgente e intensa. Mas não nos esqueçamos que em pleno séc. XXI, este indivíduo é arrebatado por centenas de conceitos, modismos, crises econômicas e tudo mais, pois é um cidadão do mundo e como tal sofre todas as desventuras advindas desta realidade. Portanto, nada mais justo que oferecer a esses futuros adultos suficientes condições para que possam usufruir de um estilo de vida produtivo. E para isso uma das opções é que pais, educadores e o próprio adolescente, tenham conhecimento sobre as questões pertinentes ao stress, suas causas, sintomas e possíveis soluções. Dessa forma estaremos trabalhando juntos para que ele possa seguir em frente em condições de usufruir de forma criativa e inovadora sua bela jornada de vida.
Por: Gisele Cristine Tenório de Machado Levy
Mestre Educação UERJ - Psicologa
www.giseletlevy@hotmail.com
A adolescência é uma etapa do desenvolvimento humano caracterizada por alterações físicas, psíquicas e sociais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o adolescente é aquele indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, estabelece no Art. 2º o seguinte: “... Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade...”. Atualmente o conceito mais aceito é o de que não existe adolescência e sim adolescências em função do panorama político e social do momento. Nesse sentido o tema do stress na adolescência vem chamando a atenção dos especialistas. Devido às mudanças drásticas que estão ocorrendo em diversos setores da sociedade, os casos de stress nesta população são quase comparáveis a média registrada entre os adultos.
A adolescência é um dos períodos mais importantes da vida do indivíduo, é nela que a criança se transforma em adulto, delimitando seu potencial psicológico, físico e social. Na evolução da infância para a fase adulta, o indivíduo atravessa muitos estágios, devido ao crescimento acelerado de seu corpo acompanhado pelo funcionamento vigoroso dos sistemas endócrino e nervoso.
Os aspectos físicos da adolescência, como crescimento e maturação sexual, são componentes da puberdade, vivenciados de forma semelhante por todos os indivíduos. Mas no que tange às dimensões psicológicas e sociais, estas são vivenciadas de maneira diferente em cada sociedade, geração e família. E nesse contexto, onde a subjetividade e os aspectos sócio – culturais assumem um caráter significativo, que pode surgir o stress do adolescente. Nesta fase ocorrem períodos de extrema instabilidade emocional, é o momento em que o novo se faz presente, através do surgimento de um novo corpo, novas idéias, relações e experiências. A busca por uma identidade torna-se questão de honra e para isso é necessário desafiar as autoridades e as regras.
Ciulla (1976) aponta que há 6000 anos atrás um certo sacerdote egípicio já se referia ao comportamento adolescente com um certo pesar, ele escreveu que “...Vivemos numa era de decadência onde os jovens já não respeitam mais os pais. São grosseiros e impacientes...”. Parece que de lá para cá nada mudou, as queixas sobre o comportamento do adolescente são milenares.
Essa fase turbulenta por vezes é caracterizada por crises religiosas, conflitos familiares, principalmente no que se refere às questões relacionadas à imposição de limites, agressividade, introspecção e dificuldades sexuais.
A presença do stress na adolescência é capaz de intensificar este quadro, Arnett (1999) considera que apesar de que nem todo adolescente tem stress, a probabilidade de desenvolvê-lo é maior na adolescência do que em qualquer outra faixa etária, dependendo da cultura e de diferenças individuais existentes (CALAIS ET AL 2003).
Nesse período existe uma predisposição ao desenvolvimento de quadros patológicos e fatores ambientais desfavoráveis podem ser responsáveis por desencadear alguns desses processos, manifestados por estados depressivos, fobias, comportamentos obsessivos – compulsivos, consumo de bebidas alcoólicas e drogas.
O` Gata (2004) afirma que a modernidade trouxe muitos benefícios e avanços para a sociedade, mas junto com eles, vieram uma série de pressões, vida acelerada, tensão constante, desafios, competições e a violência. Não é de hoje que a adolescência é reconhecida por ser caótica, rebelde e inovadora, porém é necessário considerar que ao fazer parte de uma sociedade que esta em constante transformação, todos os seus integrantes, inclusive os adolescentes, sofrem com as conseqüências desse estado.
As mudanças drásticas que vem ocorrendo em diversos setores, valores éticos, econômicos e políticos, e o crescente fenômeno da globalização, que se alastra através do mundo todo, têm um papel determinante na evolução do stress entre todos os indivíduos, inclusive dos adolescentes.
A organização mundial de Saúde alerta que as doenças neuropsiquiátricas atingem uma a cada quatro pessoas em todo o mundo, chegando a 40% se forem incluídos os distúrbios ligados ao stress. Além disso, de cada dez adolescentes, estima-se, três são vítimas do stress. É quase a média registrada entre os adultos – 50%.
Apesar desses dados alarmantes, poucos estudos têm se dedicado à investigação do stress no adolescente. Mulatu (1995) em uma pesquisa com crianças de 6 a 11 anos da Etiópia, pesquisou 317 meninas e 294 meninos, para verificar a prevalência de fatores psicopatológicos nessas crianças, gerada pela situação de carência vivida pelo país. O estudo revelou que, em ambas as amostras, existiam problemas como: agressividade, incomunicabilidade, ansiedade, depressão, hiperatividade, imaturidade e delinqüência. A presença dos sintomas de stress foi verificada em 21,45% dos meninos e 25,17% das meninas.
Dessa forma, considerando-se que a adolescência se constitui em uma população suscetível e influenciável às estimulações externas psicossociais, conhecer como o stress se manifesta neste grupo é de fundamental importância para os próprios adolescentes, pais e professores.
Fatores contribuintes para o stress do adolescente
A palavra stress foi empregada inicialmente pela física, para traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço ou tensão. O médico endocrinologista Hans Selye (1936) transpôs este termo para a medicina e biologia, definindo o stress como síndrome de adaptação.
Segundo a definição de Lipp (2004), o stress é uma reação normal do organismo e indispensável para a sobrevivência, caracterizando-se por ser um processo complexo, com componentes psicobioquímicos e que tem seu mecanismo desencadeado em resposta a uma necessidade significativa de adequação, frente a um estímulo estressor. Em doses moderadas fornece motivação e o aumento da produtividade, mas em doses excessivas resulta em destruição e desequilíbrio orgânico, prejudicando a qualidade de vida, atingindo as áreas social, da saúde e profissional.
De um modo geral, para que ocorra uma situação de stress é necessária à influência não apenas de um único fator, mas de vários fatores. Estes irão se constituir numa fonte de pressão que levará a angústia do indivíduo e do sistema que o cerca (família, grupo de amigos e escola), desencadeando um estado crescente de tensão e desequilíbrio.
As circunstâncias que contribuem para o desenvolvimento do stress nos adolescentes podemos sem classificadas em dois tipos, os fatores externos e internos. Os fatores externos são aqueles relativos ao meio social em que vivo o indivíduo, são eles, exigências familiares, grupos de amigos, excesso de responsabilidades, exames escolares, escolha profissional, violência, padrões rígidos de beleza, entre outros.
Quanto aos fatores internos, são aqueles que se referem às características pessoais de cada um, como a vulnerabilidade biológica e psicológica, representada por certa predisposição a depressão, perfeccionismo e senso de responsabilidade exagerados e baixa auto–estima.
É importante lembrar que relatos de agitação, euforia, insatisfação, queixas constantes, presença do sentimento de falta de compreensão e um desconforto com as mudanças que estão ocorrendo com o próprio corpo, são comuns nesta fase da vida, não representando necessariamente um sintoma patológico. Porém é preciso cautela ao banalizá-los.
Quando o adolescente começa a apresentar determinados comportamentos, que de uma forma ou de outra estão afetando negativamente suas relações cotidianas é preciso averiguar. Se com relação ao grupo de amigos, ele preferir ficar sempre sozinho no computador, ao invés de sair para encontrá-los, na escola, ficando muito isolado, envolvido em confusões e apresentando baixo rendimento escolar, e na família, evitando de toda o contato com os pais, é preciso investigar a possibilidade de ele estar apresentado um quadro de stress.
Sinais do stress no adolescente
Um dos principais sintomas observados nos consultórios dos especialistas é a presença constante do quadro de insônia. Este fenômeno gera inquietação por que nesta fase do desenvolvimento, o funcionamento fisiológico e psicológico de seu corpo é muito intenso, por este motivo, o adolescente apresenta muita necessidade de sono para poder recarregar suas baterias para o dia seguinte. Além da insônia outros sintomas podem ser observados, tais como:
* Desânimo,
* Impaciência,
* Dores de cabeça,
* Falta de concentração,
* Cansaço excessivo ou entusiasmo exagerado e repentino,
* Uso de drogas
* Isolamento social.
Há solução para o stress?
Não existe uma receita infalível, principalmente no que se refere ao adolescente, mas alguns passos podem ser adotados como medidas de preventivas ou de enfrentamento dependendo do caso.
* Alimentação saudável.
* Atividades físicas e em grupo.
* Controlar o uso do computador, estipulando um tempo para seu uso.
* Sempre que possível o adolescente deve estar ao ar livre, em contato com a natureza.
* Ter um espaço junto aos pais, escola ou amigos, onde o adolescente possa se sentir seguro para expor seus medos e angústias.
* Aprender técnicas de relaxamento.
* Evitar o uso de medicamentos, álcool ou outro tipo de drogas, tais recursos podem mascarar o stress, e não irão auxiliar no tratamento do problema. No caso do stress já estar instalada é recomendado procurar um especialista, psicólogo ou psiquiatra, para uma avaliação e se necessário um acompanhamento psicológico.
Considerações finais
A adolescência é uma fase de rara beleza, nela tudo floresce, o corpo, as possibilidades intelectuais, o sexo e a vida nessa etapa é experimentada de forma urgente e intensa. Mas não nos esqueçamos que em pleno séc. XXI, este indivíduo é arrebatado por centenas de conceitos, modismos, crises econômicas e tudo mais, pois é um cidadão do mundo e como tal sofre todas as desventuras advindas desta realidade. Portanto, nada mais justo que oferecer a esses futuros adultos suficientes condições para que possam usufruir de um estilo de vida produtivo. E para isso uma das opções é que pais, educadores e o próprio adolescente, tenham conhecimento sobre as questões pertinentes ao stress, suas causas, sintomas e possíveis soluções. Dessa forma estaremos trabalhando juntos para que ele possa seguir em frente em condições de usufruir de forma criativa e inovadora sua bela jornada de vida.
Reflita...
Se você está muito preocupado, sempre cheio de coisas para fazer, prazos a cumprir, problemas para resolver... a ponto de você colocar a mão na cabeça e precisar dizer: CHEGA!
Faça isso já! A vida é uma só, e é tão rara...
Não deixe pra depois...
Curta, viva, aproveite...e não leve a vida tão a sério!
Stress
Males do stress
Stress não é uma doença, é uma reação do organismo a uma ou mais sobrecargas.
Trânsito, problemas financeiros, profissionais, familiares, situações de vida, doenças, álcool, drogas, acidentes, correria, insegurança, dificuldades com chefes, colegas, carro quebrado, Marginal parada, etc., fazem nosso corpo produzir excesso de dois hormônios, Adrenalina e Cortisol.
Então começam os sinais de Stress:
Diminuição do rendimento, erros, distrações e faltas na escola ou no trabalho.
Insatisfação, irritabilidade, explosividade, reclamações.
Indecisão, julgamentos errados, atrasados, precipitados, piora na organização, adiamento e atrasos de tarefas, perda de prazos.
Insônia, sono agitado, pesadelos.
Falhas de concentração e memória.
Coisas que davam prazer se tornam uma sobrecarga.
Uso de finais de semana para colocar o serviço em dia, ao invés de relaxar.
Cada vez mais tempo com trabalho e menos com lazer. Parece que o dia normal de trabalho não é mais suficiente para o que tem que ser feito.
Diminuição de entusiasmo e prazer pelas coisas, sensação de monotonia
Que levam aos sintomas do Stress
Cansaço
Ganho ou perda de peso, má digestão, prisão de ventre e diarréia, gases, gastrites, úlceras. Baixa de resistência, infecções, gripes e outras viroses, por exemplo Herpes.
Pressão Arterial alta, Colesterol alto, Arteriosclerose, Acidente Vascular Cerebral (AVC ou "Derrame"), Infarto, etc.
Dores de cabeça, dores musculares, dores “de coluna”, Fibromialgia.
Bruxismo (significa ranger dentes durante o sono).
Restlesslegs (pernas intranqüilas, principalmente na cama durante a noite).
Acne, pele envelhecida, rugas, olheiras. Seborréia, queda de cabelos, unhas fracas.
Diabetes.
Diminuição de Libido, Impotência Sexual.
Tentativa de relaxar com álcool, nicotina, drogas e excesso de comida, causando outras complicações no organismo.
Doenças psicossomáticas.
Ataques de ansiedade.
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
Ataques de Pânico [taquicardia, sudorese, falta de ar, tremor, fraqueza nas pernas, ondas de frio ou de calor, tontura, sensação de que o ambiente está estranho, que a pessoa “não está lá” (isso se chama desrealização), de que vai desmaiar, de que vai ter um infarto, de uma pressão na cabeça, de que vai "ficar louco", de que vai engasgar com alimentos, assim como crises noturnas de acordar sobressaltado com o coração disparando e com sudorese intensa].
Depressão.
Importante:
1) Não precisa acontecer uma sobrecarga exagerada para estressar. Às vezes vários pequenos fatores se acumulam e sobrecarregam o organismo.
2) Sobrecargas "boas" também podem estressar. Exemplos: comprar, reformar, construir casa, promoção no trabalho com novos desafios, casamento, ganhar na loteria e ter que investir o dinheiro.
Com o tempo aprendemos a controlar, administrar e conviver com os problemas que nos sobrecarregam e causam ansiedade. Cada pessoa tem um limite de problemas que ela consegue administrar, isso é individual.
Você não precisa se livrar de todos os seus problemas para melhorar, basta chegar à quantidade que você consegue administrar sem estressar.
O que fazer ?
A solução é óbvia mas difícil de fazer: mudar hábitos.
Deitar mais cedo, dormir mais, fumar e beber menos, alimentação mais saudável, socializar mais com amigos, dançar, fazer esportes, ir ao cinema.
Viajar, tirar férias, curtir a família. Até Deus precisou descansar no sétimo dia !
Massagem, Yoga, meditação.
Condicionamento físico.
Psicoterapia. Conversar com uma pessoa neutra e tecnicamente preparada ajuda a organizar melhor os pensamentos e administrar melhor os problemas.
A medicação acaba com os sintomas físicos e melhora o sono. Com isso a pessoa tem mais “cabeça fria” e energia para procurar soluções.
Se aparece uma Depressão ela irá piorar o Stress e criar um círculo vicioso, portanto deve ser tratada.
Não deixe de se tratar. Sua qualidade de vida só pode melhorar.
Referência Bibliográfica:
http://www.mentalhelp.com/stress.htm
Stress não é uma doença, é uma reação do organismo a uma ou mais sobrecargas.
Trânsito, problemas financeiros, profissionais, familiares, situações de vida, doenças, álcool, drogas, acidentes, correria, insegurança, dificuldades com chefes, colegas, carro quebrado, Marginal parada, etc., fazem nosso corpo produzir excesso de dois hormônios, Adrenalina e Cortisol.
Então começam os sinais de Stress:
Diminuição do rendimento, erros, distrações e faltas na escola ou no trabalho.
Insatisfação, irritabilidade, explosividade, reclamações.
Indecisão, julgamentos errados, atrasados, precipitados, piora na organização, adiamento e atrasos de tarefas, perda de prazos.
Insônia, sono agitado, pesadelos.
Falhas de concentração e memória.
Coisas que davam prazer se tornam uma sobrecarga.
Uso de finais de semana para colocar o serviço em dia, ao invés de relaxar.
Cada vez mais tempo com trabalho e menos com lazer. Parece que o dia normal de trabalho não é mais suficiente para o que tem que ser feito.
Diminuição de entusiasmo e prazer pelas coisas, sensação de monotonia
Que levam aos sintomas do Stress
Cansaço
Ganho ou perda de peso, má digestão, prisão de ventre e diarréia, gases, gastrites, úlceras. Baixa de resistência, infecções, gripes e outras viroses, por exemplo Herpes.
Pressão Arterial alta, Colesterol alto, Arteriosclerose, Acidente Vascular Cerebral (AVC ou "Derrame"), Infarto, etc.
Dores de cabeça, dores musculares, dores “de coluna”, Fibromialgia.
Bruxismo (significa ranger dentes durante o sono).
Restlesslegs (pernas intranqüilas, principalmente na cama durante a noite).
Acne, pele envelhecida, rugas, olheiras. Seborréia, queda de cabelos, unhas fracas.
Diabetes.
Diminuição de Libido, Impotência Sexual.
Tentativa de relaxar com álcool, nicotina, drogas e excesso de comida, causando outras complicações no organismo.
Doenças psicossomáticas.
Ataques de ansiedade.
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
Ataques de Pânico [taquicardia, sudorese, falta de ar, tremor, fraqueza nas pernas, ondas de frio ou de calor, tontura, sensação de que o ambiente está estranho, que a pessoa “não está lá” (isso se chama desrealização), de que vai desmaiar, de que vai ter um infarto, de uma pressão na cabeça, de que vai "ficar louco", de que vai engasgar com alimentos, assim como crises noturnas de acordar sobressaltado com o coração disparando e com sudorese intensa].
Depressão.
Importante:
1) Não precisa acontecer uma sobrecarga exagerada para estressar. Às vezes vários pequenos fatores se acumulam e sobrecarregam o organismo.
2) Sobrecargas "boas" também podem estressar. Exemplos: comprar, reformar, construir casa, promoção no trabalho com novos desafios, casamento, ganhar na loteria e ter que investir o dinheiro.
Com o tempo aprendemos a controlar, administrar e conviver com os problemas que nos sobrecarregam e causam ansiedade. Cada pessoa tem um limite de problemas que ela consegue administrar, isso é individual.
Você não precisa se livrar de todos os seus problemas para melhorar, basta chegar à quantidade que você consegue administrar sem estressar.
O que fazer ?
A solução é óbvia mas difícil de fazer: mudar hábitos.
Deitar mais cedo, dormir mais, fumar e beber menos, alimentação mais saudável, socializar mais com amigos, dançar, fazer esportes, ir ao cinema.
Viajar, tirar férias, curtir a família. Até Deus precisou descansar no sétimo dia !
Massagem, Yoga, meditação.
Condicionamento físico.
Psicoterapia. Conversar com uma pessoa neutra e tecnicamente preparada ajuda a organizar melhor os pensamentos e administrar melhor os problemas.
A medicação acaba com os sintomas físicos e melhora o sono. Com isso a pessoa tem mais “cabeça fria” e energia para procurar soluções.
Se aparece uma Depressão ela irá piorar o Stress e criar um círculo vicioso, portanto deve ser tratada.
Não deixe de se tratar. Sua qualidade de vida só pode melhorar.
Referência Bibliográfica:
http://www.mentalhelp.com/stress.htm
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